No passado dia 13 de janeiro, o auditório da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite encheu-se de alunos e professores, que quiseram participar na palestra “Conversa com Luaty Beirão – prisioneiro de consciência”. A iniciativa partiu da ação coordenada da Amnistia Internacional (AI), integrada no projeto “Escolas amigas dos direitos Humanos” em que a escola participa.


A sessão iniciou-se com as boas vindas dadas, em nome da direção do Agrupamento, pela professora Helena Resende, a que se seguiu uma apresentação do convidado, feita pela professora Cláudia Proença, coordenadora do projeto.
Luaty Beirão começou por cativar o auditório com um “rap” por ele apresentado, num concerto em Luanda, que foi um dos primeiros passos do movimento de contestação à falta de liberdade de expressão, que se vive em Angola. A palestra foi acompanhada pela projeção de imagens de manifestações pacíficas, duramente reprimidas por agentes à paisana, perante a passividade da polícia fardada, que normalmente detinha os manifestantes, sem que estes tivessem cometido qualquer infração à Constituição angolana. Luaty definiu a luta dos ativistas pela liberdade de expressão, como “uma luta prolongada, em que é necessário ir sempre avaliando as consequências do passo seguinte, dadas as difíceis condições em que ela se processa”. Em relação à greve de fome, que durou 36 dias, Luaty narrou os momentos mais difíceis por que passou, com a plena consciência de que a sua vida esteve em risco. “Mas valeu a pena, porque a partir daí, nada continuará a acontecer da mesma forma, até pela repercussão internacional que o caso teve”.
No final, Luaty Beirão respondeu às inúmeras questões que lhe foram colocadas e agradeceu à escola, aos alunos e à Amnistia Internacional a oportunidade que lhe deram de divulgar a luta dos ativistas angolanos. O professor Luís Mateus aproveitou a oportunidade para lhe oferecer um livro de sua autoria e agradecer o testemunho do palestrante, lembrando também recentes palavras do presidente Obama de que não podemos considerar a liberdade como um dado adquirido, por isso temos que continuar sempre a lutar por ela. O Dr. Pedro Neto, diretor da AI Portugal, encerrou a sessão também com agradecimentos ao Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite e aos presentes, lembrando a importância da continuação da luta pela liberdade.

Gabinete de Comunicação do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite

Fotos: Curso Profissional Técnico de Audiovisuais

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