Concurso «Escrever é Viver» em torno da temática «Diversão e Inclusão», do Instituto de Multimédia, premeia alunas do AESL
1. Como surgiu a oportunidade de participares neste concurso da Escola Profissional Instituto Multimédia?
A minha professora, Dina Sarabando, na disciplina de Expressa-te, deu-nos a conhecer o concurso, uma vez que aborda a escrita criativa, e encorajou-nos a participar. Quando soube que o tema era a inclusão, senti logo vontade de escrever, porque é muito importante para mim e para a sociedade.
2. Quais eram as condições de participação?
Era necessário escrever um texto criativo — podia ser em prosa ou em poesia — que transmitisse uma mensagem de inclusão e diversidade. Tive liberdade total na forma de me expressar, o que me motivou ainda mais.
3. No que te inspiraste para escrever o teu texto?
Inspirei-me na ideia de que a escrita pode ser uma forma de unir as pessoas, de dar voz a todos, independentemente das suas diferenças. Quis mostrar que a inclusão é como um arco-íris: cada cor é diferente, mas, juntas, criam algo bonito e harmonioso.
4. Pelas vivências que obténs na escola, acreditas que existe muita discriminação e até bullying atualmente?
Infelizmente, sim. Ainda há muitos jovens que são excluídos ou maltratados por serem diferentes. Mas também vejo que há cada vez mais alunos e professores a tentarem mudar isso, a criar um ambiente mais justo e acolhedor.
5. Que sentimentos, reações e ações tencionavas despertar com o teu trabalho? Em quem?
Queria que quem lesse o meu poema sentisse esperança, vontade de refletir e agir; sobretudo, queria tocar o coração dos jovens e fazê-los pensar na importância de aceitarem o outro tal como ele é.
6. O que achas deste tipo de projeto?
Acho que é fundamental. Dá-nos uma voz, um espaço para nos expressarmos sobre temas importantes. Além disso, valoriza a criatividade e a empatia, que são tão necessárias no mundo de hoje.
7. Claro que é algo subjetivo, mas genericamente que mensagem ou mensagens podemos retirar do teu trabalho?
A principal mensagem é que a inclusão enriquece a nossa vida. Todos somos diferentes, mas é justamente nessa diversidade que encontramos beleza e força. A escrita pode ser uma ponte entre mundos diferentes.
8. Como foi a reação dos teus professores e colegas ao teu texto, e ao facto de teres trazido o 1.º prémio para S. João da Madeira, e para a Serafim Leite?
Foi muito boa! Sentiram-se muito orgulhosos e felizes por mim. Os meus professores apoiaram-me muito e os colegas deram-me os parabéns com entusiasmo. Foi muito bom sentir esse carinho e reconhecimento.
9. Estiveste na entrega de prémios? Qual foi a sensação?
Sim, estive presente. Foi um momento muito especial. Quando anunciaram que o meu poema tinha vencido, fiquei surpreendida e feliz. Foi bom ver o meu trabalho reconhecido e partilhar essa alegria com quem me acompanhou.
10. Caso já tenhas isso definido, qual o futuro profissional que gostarias de percorrer? Relaciona-se com a poesia, escrita ou literatura? Gostas desse mundo?
Ainda não sei bem o que quero seguir no futuro, mas gosto de escrever e de me exprimir através das palavras. A escrita e a literatura interessam-me e são áreas que me chamam a atenção, por isso, talvez, no futuro, explore algo nesse sentido. Para já, estou a conhecer-me melhor e a descobrir o que realmente me motiva.
11. Queres partilhar com os nossos leitores um excerto do teu poema para encerrarmos esta conversa?
Claro! Com muito gosto:
"Escrever é abrir janelas para o infinito,
Onde o comum e o único coexistem no escrito.
Aqui não há limites, só horizontes
Em que cada ideia ergue montes."
Maria Miguel Nóbrega