Cá fora, há ténues sinais de obras, cimento, uma carrinha, alguns tijolos… À entrada, o empreiteiro, de berbequim em punho, recebe-nos com simpatia. “Sim, pode ver a obra. Apesar de se ter feito muito trabalho, ainda há pouco que ver.”
Começamos então a percorrer corredores salas e escadas, daquela que será a nova Escola de Fundo de Vila. As salas estão vazias, algumas paredes desapareceram, outras foram retificadas. Os corredores parecem maiores. No centro da escola surgiu uma estrutura circular, a partir da qual se reorganizará todo o espaço da escola, que potenciará e harmonizará “a comunicação entre as diferentes zonas, de maneira a transformar, reestruturar e reorganizar o funcionamento de todos os espaços e a forma como serão usufruídos”, na perspetiva da arquiteta Luísa Coutinho, autora do projeto.
Nas janelas e nalgumas paredes, continuam vivas as gravuras que os anteriores habitantes por ali deixaram, florestas mágicas, caracóis com carochinhas às costas, galos caminhantes, e até um rato Mickey subindo por umas escadas em obras. Noutras paredes inscreveram-se promessas de mobiliário e materiais, um armário, a cortiça… Não é, ainda, possível antever o design interior, que ficará a cargo da empresa DAM, instalada na Oliva Creative Factory. Como afirmou o presidente da Câmara numa recente visita à obra, “será uma escola completamente diferente, mais preparada para os tempos modernos e com melhores condições de conforto”.
Então, senhor empreiteiro, quando voltaremos a ver por aqui crianças? “Daqui a um ano, a obra estará pronta. É isso o combinado e nós vamos cumprir.”
31 de julho de 2020
Texto e fotos: Celestino Pinheiro
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